De volta às suas atividades como vereador em Mossoró,
após ser detido pela Polícia Federal, para apresentar esclarecimentos sobre possível
cartel de postos de combustíveis na cidade, Claudionor dos Santos (PMDB) ainda
surpreso com tudo que aconteceu, questionou a sua prisão.
“Preso por quê? Será
que fui preso por ter uma família sólida, morar na mesma residência há 47 anos.
Será que fui preso por representar e defender o povo de Mossoró há 16 anos como
vereador. Preso por quê?”, indagou o vereador.
Na versão do vereador, estão querendo destruir as
famílias e, para isso, pessoas escondidas por trás de instituições precisaram
montar um esquema com 130 polícias para prisões injustas, reconhecida,
acrescentou Claudionor por um dos agentes envolvido na operação.
“Mandei que
entrassem na minha casa, levassem meu computador, mas nada foi encontrado.
Minha casa foi invadida e eu fui preso, mas até hoje não disseram quem explodiu
o Banco do Brasil de Baraúna, e muitos outros em cidades do próprio Rio Grande
do Norte”, destacou.
Claudionor dos Santos argumenta que é importante a
existência e o trabalho do Ministério Público, Polícia Federal e qualquer outro
seguimento policial, reafirmando o respeito a todas as instituições. No entanto
ele lamenta que pessoas de bem, estejam sendo investigadas e, gerando traumas
em seus familiares, lembrando casos idênticos em Natal e no INSS, onde prisões
foram feitas, nada comprovado e, a família ficou com o trauma.
“Não vou me
curvar, podem continuar investigando, como já fazem, sem nada provar”,
concluiu.
O vereador recebeu o apoio dos colegas Lahyre Rosado
Neto, Jório Nogueira, Maria das Malhas, Cláudia Regina e Flávio Tácito, que
apartearam o seu pronunciamento expressando solidariedade para com o
colega.
Vereador Genivan Vale condena prisões
Outro vereador que teve seu nome envolvido nas
investigações da Polícia Federal foi Genivan Vale (PR). Na sessão dessa
terça-feira, ele se solidarizou com seu colega detido, como também demais
empresários da cidade. Aproveitou para lamentar a publicação de sua foto em um
jornal da cidade, de forma deliberada.
“Não entendi a minha foto no Jornal de
Fato, pois fui citado apenas por ser autor de um projeto que autoriza a
abertura de novos postos de combustíveis em Mossoró, e nada mais”, disse.
Condenou o clima policialesco que envolveu a ação,
dizendo que isso precisa acabar no Brasil. “Isso não pode mais existir, traumatizando
famílias com prisões injustas. O trabalho do Ministério Público e, Polícia
Federal deve existir, e reforço o respeito que já foi manifestado aqui, porém
não da forma realizada em Mossoró”, disse.
Lembrou Genivan dos embates travados no plenário da
Câmara Municipal de Mossoró, às vezes, chegando a níveis pesados, porém sempre
evitou levar para o lado pessoal.
Ele argumentou nunca haver tomado este
caminho por saber, por exemplo, que por trás de um vereador como Claudionor dos
Santos tem a família, esposa, filhos, netos, sua mãe, irmãos que precisam ser
respeitados. “Ações, como a ocorrida envolvendo o vereador, geram traumas que
podem ficar para sempre”, disse Genivan.
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