Prefeitura Municipal de Assú

terça-feira, 3 de setembro de 2013

DEM isola sua única governadora

PMDB e DEM vivem situações conflitantes, nas quais o primeiro anunciou rompimento político com o governo da democrata Rosalba Ciarlini e, ao mesmo tempo, pavimenta aliança à formação da chapa proporcional para as eleições do próximo ano. Se está de difícil compreensão, a tendência é piorar. Depois que o presidente nacional do DEM, senador potiguar José Agripino Maia, afirmou que a sua legenda continua dialogando com os peemedebistas e ter afirmado que cuidaria do DEM e Rosalba, do Governo, deixou claro que ele também está distante da governadora. Algo que remete a um isolamento político e de quem estaria provocando a saída de Rosalba do Democratas.

É o que se compreende pelas últimas movimentações da política potiguar. Do eixo político que envolve DEM, PMDB, PR, PMN e PP, somente os três últimos ainda não se manifestaram. O PMDB rompeu e o Democratas, ao que se evidencia, está deixando a governadora ilhada. Em outras palavras, Rosalba não teria apoio nem do próprio partido.

Acuada pelo PMDB e pelo próprio partido, a governadora vê seu projeto de reeleição se tornar distante. A dúvida paira sobre o direito de tentar renovar seu mandato. Como se sabe, o DEM é comandado por José Agripino, que se distanciou de Rosalba Ciarlini e estaria trabalhando para apoiar o nome do PMDB ao Governo do Estado. Até porque, pela ótica proposta pelos peemedebistas, a aliança proporcional começou a ser discutida agora e a chapa majoritária está em gestação. Neste sentido, impossível imaginar uma discussão de chapa para deputados estaduais e federais sem que se pense nos nomes ao Governo do Estado e ao Senado Federal.

Com isso, a afirmação que ganha sustentação é a de que a governadora vem sofrendo restrições internas, as quais começaram a ser externadas a partir do rompimento do PMDB e pelas declarações de José Agripino.
Com relação ao PR, PP e PMN, especula-se que a tendência desses partidos é seguir o caminho do PMDB. Contudo, houve freada na decisão do PR, que cancelou encontro previsto para o dia 14 próximo para discutir como ficará sua posição com relação ao Governo do Estado. A discussão ocorrerá em outubro.

CAUSAS
José Agripino Maia não teria gostado da recusa da governadora Rosalba Ciarlini, que não gravou mensagem para programa nacional que o Democratas exibiu na televisão e no qual teceu críticas ao governo da presidente Dilma Rousseff. Rosalba já havia afirmado antes da sua predileção em votar e apoiar a reeleição de Dilma no Rio Grande do Norte.

Além disso, ao deixar Rosalba praticamente só, Agripino evidenciou que estaria descontente com a governadora. Não se sabe dos motivos, mas especula-se que ele queria poder de voz no governo. O mesmo se aplica ao PMDB, que queria espaços generosos e que proporcionassem visibilidade política à legenda. Contudo, a crise administrativa é o que se sobressai e tanto PMDB quanto o DEM alegam que Rosalba não está sabendo conduzir o Estado.


Agripino reúne deputados e fala de aliança com o PMDB

Na última sexta-feira, 30, depois que retornou de Mossoró – onde cumpriu agenda ao lado da governadora Rosalba Ciarlini (DEM) –, o presidente nacional do Democratas, senador José Agripino Maia, se reuniu com os deputados estaduais e federais do partido para expor sua visão acerca do atual momento político do Rio Grande do Norte, bem como da intenção de manter o DEM aliado do PMDB. Agripino afirmou aos parlamentares que os peemedebistas romperam com o governo Rosalba; não com o Democratas.

Agripino informou aos deputados José Adécio, Leonardo Nogueira, Felipe Maia e Betinho Rosado que se reunirá nesta semana com os líderes do PMDB em Brasília (DF). Do encontro, também participarão os presidentes estaduais do PR, deputado federal João Maia; e do PV, senador Paulo Davim.

A ideia de Agripino é trabalhar para que o Democratas mantenha as vagas na Assembleia Legislativa e na Câmara Federal. Para tanto, precisará convencer que tal projeto se volta exclusivamente à chapa proporcional, até porque o DEM continua com o passe político da governadora Rosalba Ciarlini – que tem direito à reeleição, mas enfrenta sérios problemas administrativos. Um deles se volta ao pedido de impeachment que será protocolado hoje pelo Sindicato dos Trabalhadores na Educação do RN (SINTE-RN) na Assembleia Legislativa.

Com a situação política de Rosalba delicada, José Agripino deixa entender que o DEM não teria como abandonar os deputados (estaduais e federais) em prol da reeleição de Rosalba, cujo projeto se mostra fraco em consequência da crise no governo.


Fonte: Jornal de Fato

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