José Agripino Maia, que preteriu Rosalba Ciarlini, que
não pôde sair candidata à reeleição ao Governo do Estado e ajudou a derrotar o
peemedebista Henrique Eduardo Alves, que perdeu para Robinson Faria e este não
tem nada a ver com a decisão de Agripino. Nessa onda de conexão e desconexão
baseada no poema “A quadrilha” de Carlos Drummond de Andrade, um elemento surge
como alvo conectivo que se faz acerca do escanteamento da governadora Rosalba
às eleições deste ano.
E, nesse preâmbulo de conexão, o chefe do Gabinete Civil
do Governo do Estado, ex-deputado estadual Carlos Augusto Rosado, entregou a
presidência do DEM mossoroense e o vice-presidente, o deputado estadual
Leonardo Nogueira, avisou que vai sair do partido. Com isso, teria-se a
possibilidade do partido presidido pelo senador José Agripino Maia ser
comandado pela ex-prefeita Cláudia Regina. Ela, contudo, afirmou que é uma
simples filiada e que o diretório deverá ficar com quem tem mandato.
Cláudia, contudo, comentou que não poderia responder
agora, até porque não lhe foi feito convite para assumir a função para tentar
reerguer a legenda na segunda maior cidade do Rio Grande do Norte. “Não tenho
como dizer nada. Não posso falar pelo DEM, se tenho interesse ou não. O comando
é delegado e não me delegaram nada. Sou uma simples filiada”, afirmou Cláudia
Regina.
Sequenciando a conexão no Democratas de Mossoró e com a
deixa apresentada por Cláudia Regina, acerca da legenda ser comandada por quem
tem mandato, caberia aos vereadores Manoel Bezerra de Maria e Flávio Tácito
definir o destino do diretório municipal. Manoel Bezerra, contudo, afirmou ao
repórter que não tem interesse. E foi mais além: “pretendo mudar de partido.
Vamos dar um tempo para analisar e é algo que pode até ser revisto. Não é
irreversível, mas não pretendo continuar (no DEM)”, afirmou.
Ele acrescentou
que, caso continue no partido, não tem interesse em assumir a presidência. O repórter
tentou conversar com o também vereador Flávio Tácito, mas ele não atendeu as
ligações feitas ao seu celular.
O DEM de Mossoró já perdeu parte considerável de seus
filiados em decorrência da decisão externada por José Agripino às eleições
deste ano. Saíram Carlos Augusto Rosado, Pedro Moura (secretário) e Manoel
Mário (Tesoureiro). Frise-se que os membros do diretório saíram quase em sua
totalidade. Antes o partido já havia perdido a ex-prefeita Fafá Rosado, que se
filiou ao PMDB. E agora perderá o deputado estadual Leonardo Nogueira e o
vereador Manoel Bezerra.
Com a negativa das lideranças em assumir o comando do
diretório local do DEM, o senador José Agripino terá que, pela primeira vez,
fazer uso dos recursos do Fundo Partidário para tentar reerguer o seu partido
em Mossoró. É que a legenda está sem comando, sem prédio e sem futuro.
Fonte: Jornal de Fato
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