Os dias dos
camelôs e ambulantes pelas calçadas do Centro de Mossoró estão contados. Eles
serão retirados dos locais de trabalho informal e direcionados para um espaço
que tenha condições de acomodar todos. Algo em torno de 400. A posição adotada
pela Prefeitura de Mossoró é acertada. Correta. Afinal, espaço de todos não
pode servir a alguns. Por isso que é público.
Pelas calçadas do Centro estão
pessoas que atuam na clandestinidade há muito tempo e daquele trabalho tiram o
sustento da família. A maioria não terá, certamente, condições de pagar
aluguel, água e luz de um espaço na espécie de galeria comercial que surgirá em
prédio, provavelmente, localizado na Avenida Rio Branco, tampouco verba para
montar um quiosque para acomodar seus produtos e vendê-los.
Eles, os
ambulantes, terão de buscar a legalização. A profissionalização. Deverão se
tornar microempreendedores. Terão acesso às políticas públicas inerentes ao
setor. Poderão fazer empréstimos e financiamentos. Para isso, é preciso
dinheiro. Atuar na legalidade não é fácil, ainda mais para quem não tem nenhuma
perspectiva de vida melhor.
E o problema que a Prefeitura deverá enfrentar será
justamente nesse caminho: os obstáculos, certamente, surgirão e o Executivo
verá que barreiras se apresentarão e muitos ambulantes relutarão em deixar as
calçadas e partir para o trabalho formal. Legal. Saliente-se que a Prefeitura
de Mossoró faz o que deveria ter feito. Se não fez antes, crê o interino,
talvez tenha sido por conta do problema social inerente ao surgimento de
camelôs em qualquer cidade do porte de Mossoró.
Obviamente que, como todo Poder
Executivo, a Prefeitura tenha interesse em aumentar sua arrecadação. E a ida
dos ambulantes para um espaço único também servirá para tal. É que os
comerciantes deverão pagar o Imposto Sobre Serviço (ISS) à Municipalidade. Mas
não existe nada de errado nisso. A questão toda, e a qual certamente a
Prefeitura enfrentará dificuldade, diz respeito à saída da maioria das ruas, à
legalidade e ao pagamento de aluguel, taxas e impostos.
A equipe nomeada pelo
prefeito Francisco José Júnior (PSD) para ficar no comando das atividades, da
retirada dos camelôs das ruas, terá muito trabalho pela frente. Ainda mais
quando a Prefeitura não vai ter como auxiliar no pagamento de aluguel de
quiosques.
E essa é a dúvida de alguns: como a Prefeitura quer retirar os
camelôs das ruas e não vai ajudar em nada? Talvez, a equipe nomeada pelo
prefeito tenha as respostas, as quais devem ser fornecidas pessoalmente a quem
interessar. O interino reforça que a PMM está fazendo a coisa certa, mas
existirão os que não enxergarão por esse aspecto.
Licitação
suspensa
A Prefeitura de
Mossoró suspendeu licitação alusiva à contratação de empresa especializada à
elaboração de projeto de arquitetura do Santuário de Santa Luzia. O comunicado
foi divulgado no Jornal Oficial do Município (JOM), edição do dia 6 passado. O
aviso de suspensão não informa o que houve. Apenas diz que novo processo será
aberto e que o edital será divulgado pelos mecanismos oficiais (JOM). Com isso,
a promessa de que o santuário teria sua construção iniciada agora caiu por
terra. É que no ano passado foi dito que a obra começaria em janeiro. O Santuário de Santa Luzia é um dos trunfos
do prefeito.
Wilma quer
Sandra fora
A vice-prefeita
de Natal e presidente estadual do PSB, Wilma de Faria, quer fechar as portas do
partido para a ex-deputada federal Sandra Rosado (PSB). Ou melhor: quer Sandra
fora da legenda. Wilma afirmou que não disputará vaga à Câmara Municipal em
2016 e que sua meta está em 2018: vai disputar uma cadeira à Câmara Federal.
Com isso, a prioridade será ela. Sandra Rosado deve ter entendido o recado.
Aliás, as duas já não se entendiam. Um dos caminhos viáveis para Sandra seria
uma aproximação política com o governador Robinson Faria (PSD). Sandra e
Larissa Rosado foram afinadas com Robinson.
Sem desculpas
A assessoria do
prefeito Francisco José Júnior tem pecado pelo excesso. Especificamente no Facebook, onde se percebe
a defesa ou informação de que ele não estaria podendo fazer muito em virtude do
quadro financeiro que encontrou na Prefeitura de Mossoró. Bom, isso é meio
contraditório. Quando foi candidato na eleição suplementar, Silveira já sabia
perfeitamente como a situação estava. E, mesmo assim, foi em busca do voto.
Ganhou. O cidadão espera que ele cumpra o prometido e não quer desculpas de
assessores. Quando a pessoa se candidata e vence, certamente o cidadão viu que
tal pessoa seria a melhor.
Josivan com
Silveira
O vice-prefeito de
Mossoró, Luiz Carlos Martins (PT), não deve ter gostado da ida do ex-reitor da
Ufersa Josivan Barbosa de Menezes (PT) para a equipe do prefeito Francisco José
Júnior (PSD). Todos sabem da pretensão política de Josivan, que foi candidato a
vice na chapa de Larissa Rosado (PSB) em 2012. Todo mundo sabe que o ex-reitor
quer mais. E, certamente, deverá se projetar para estar na chapa em 2016, ao
lado de Silveira. Aliás, a nomeação de Josivan para a Secretaria de
Planejamento não convence. Foge ao perfil empreendedor do ex-reitor. Daí, o
interino vislumbrar provável descarte de Luiz Carlos no próximo ano.
Morte no HRTM
A TV fechada de
Mossoró expôs ontem o drama de uma família que teve um ente morto no Hospital
Regional Tarcísio Maia. A alegação da família foi de que faltou atenção. Justo
no dia em que a unidade regional hospitalar estava sem comando, pois sua
diretoria entregou os cargos ao governador Robinson Faria (PSD). A quem culpar?
A quem recorrer? Nestes momentos, a gente percebe que a vida não é tão
importante.
Atendimento a
desejar
A situação do
Hospital Regional Tarcísio Maia não é das melhores. Faltam medicamentos e o
atendimento, que era para ser humanizado, foi para as cucuias. Aliás, não é só
no HRTM. O serviço da saúde pública em geral não é lá essas coisas. O interino
fala aqui de atendimento. Muitas vezes, o paciente é tratado como bicho bruto.
E olhe que o cidadão é quem paga, por meio de impostos.
Odontologia na
UBS
O serviço de
odontologia que funcionava na Escola Municipal José Benjamim, no Alto de São
Manoel, foi transferido para a UBS Maria Soares, que funciona em prédio anexo à
UPA daquele bairro. A Secretaria Municipal de Saúde informou que a UBS está
sendo incluída no programa Saúde da Família. E disse que os estudantes não
serão penalizados. Basta ir à Unidade, onde os dois dentistas passarão a atuar.
Marcha
A Federação dos
Municípios do RN (FEMURN) prepara a “Marcha Potiguar”. Algo semelhante ao que
ocorre em Brasília, com a “Marcha dos Prefeitos”, que é coordenada pela
Confederação Nacional dos Municípios (CNM). Uma iniciativa que vai expor o que
todos dizem: os municípios estão inadministráveis em consequência da queda de
receitas.
Curtas
1 – A folia já
começou em Mossoró, com alguma atração isolada, mas que consta da programação
oficial. Mesmo assim, o esquema de segurança mossoroense será apresentado à
imprensa somente amanhã.
2 – Em Grossos,
o bloco “Quer vir, venha” será uma das atrações do carnaval. O folião que tiver
a melhor fantasia será premiado. A Prefeitura não realizará carnaval.
3 – Trafegar em
algumas ruas e avenidas está um tormento para motoristas. O desnivelamento do
calçamento e os buracos são os problemas que se percebe em áreas centrais e
periféricas.
4 – Karl Marx
deve estar se estrebuchando às tentativas de esquerdistas de contrariar
definição acerca da revolução. Uma revolução sempre muda, mas tem gente que
pensa que é sempre para melhor.
5 – Quando
tivermos um Estado ético, cumprindo todas as suas obrigações, seremos
verdadeiramente felizes e livres. Até agora, apenas parte dos homens segue a
ética.
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