Prefeitura Municipal de Assú

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Boca quente em Grossos

Se a chapa está quente em Mossoró, onde não se tem informações sobre dívidas, contratos e outras complexidades administrativas, a boca é bem quentinha em Grossos, município vizinho. Por lá a oposição também tem "comido dobrado" para saber onde, como e em que a verba pública é investida. Algo que não deveria nem ser solicitado, pois uma administração pública que honra o patrimônio público faz questão de prestar contas. Enfim, chega-se à conclusão de que tanto lá como cá a coisa não está boa, já que fazem questão de esconder tudo de todos. Como se existisse algo que ninguém pudesse saber e dão margem para especulações e ilações diversas.

A oposição grossense já cansou de solicitar, oficialmente, informações sobre o uso da verba dos royalties. Algo que vem crescendo, a entrada de dinheiro na Prefeitura grossense. Somente este ano já foram mais de R$ 8 milhões recebidos. E não se vê nada que possa direcionar ao uso do dinheiro público em algo realmente público. É preciso explicar onde e como está sendo gasto o dinheiro.

O blog crê que é hora da oposição, tanto de Mossoró quanto de Grossos, ser mais rígida. A alternativa viável é protocolar no Ministério Público alguma Ação Pública. Até porque o cidadão tem o direito de saber de tudo. E vereadores governistas que barram todo e qualquer requerimento acerca de prestação de contas estariam sendo coniventes com prática danosa ao patrimônio público.

Tudo isso, em Grossos, por conta da pré-candidatura da vereadora Cinthia Sonale (PHS) à Prefeitura Municipal. Mas, independentemente de projeto político, a parlamentar está coberta de razão ao procurar saber. Ela foi eleita para fiscalizar. E, se for candidata à Prefeitura e eleita, deverá prestar todas as informações públicas.

Tudo também por conta da atuação do deputado estadual Souza (PHS) na cidade salineira. Ele tem direcionado olhar diferenciado às cidades de Areia Branca, Tibau e Grossos. Consequentemente, tem atraído a antipatia dos que não concordam com a ideia de que é preciso mudar o que estaria errado. E que, necessariamente, seria preciso manter o erro por mais quatro anos. Algo que, definitivamente, não coaduna com o espírito democrático vigente no Brasil.

Eleição é para todos. Todos têm o direito de participar de eleição da forma como quiser, seja votando ou para ser votado. O que não se pode é negar informações que realmente interessam ao povo. Afinal, se alguém solicita alguma informação é porque alguma área deve estar carente. E, pelo que o blog sabe, a saúde grossense está caindo pelas tabelas, com falta de médicos e medicamentos. Algo realmente atípico para uma cidade pequena e que recebe uma verdadeira fortuna em royalties e ICMS.

Cadê a Casa de Passagem que deveria estar aqui?

Como é que a Prefeitura de Mossoró mantém aluguel de uma casa por R$ 4 mil e não cumpre o objetivo de tal locação? Um imóvel localizado à Rua Camilo Paula, no bairro Aeroporto, foi alugado pela PMM para que lá funcionasse uma Casa de Passagem Infantil, conforme Extrato de Dispensa número 17/2014, com data de assinatura de 5 de maio de 2015, e nesse local simplesmente não consta de nenhum indicativo relacionado a nenhum serviço da Secretaria Executiva do Desenvolvimento Social (SEDS), comandada pela primeira-dama Amélia Ciarlini.

O valor total do contrato é de R$ 49.509,60 e vai até 5 de maio do próximo ano.

Se, de maio para cá, a Prefeitura não conseguiu implantar o serviço, por quais motivos estaria pagando aluguel de um prédio que não está sendo utilizado ao serviço público?

O blog não vai nem se dar ao trabalho de tentar ouvir a versão da Prefeitura de Mossoró, pois já virou prática comum a não-prestação de informações sobre quaisquer questionamentos que se faça. 

É como se o dinheiro da Prefeitura fosse particular e não fosse obrigada a prestar esclarecimentos sobre o uso da verba. Os assessores do prefeito Silveira Júnior, e o próprio prefeito, devem se lembrar que toda e qualquer ação deve, sim, ser detalhada. Trata-se de verba pública. A Prefeitura é um órgão público, e não privado, como alguém deve pensar que seja.

Caso a Prefeitura de Mossoró queira explicar tal situação, é só o pessoal da Secretaria de Comunicação enviar os esclarecimentos necessários ao blog. O espaço certamente está garantido. 

Meta da PMM é economizar R$$ 3 milhões por mês

O sinal vermelho acendeu faz meses, com o acúmulo de dívidas de toda ordem, serviços básicos comprometidos por falta de recursos, principalmente na área da saúde, e a ameaça constante de atraso dos salários dos servidores públicos efetivos. A situação financeira da Prefeitura de Mossoró piora a cada mês, embora os indicadores da receita própria não apresentem sinais de declínio.

No entanto, o discurso do Palácio da Resistência repete - à exaustão - que o município vem perdendo receitas, apresentando como prova o Fundo de Participação dos Municípios (FPM) “zerado”. Também justifica a anemia da gestão na crise econômica nacional, sem, contudo, esclarecer como uma Prefeitura do porte de Mossoró se deixou levar pelas dificuldades nacionais sem uma reação concreta.

Daí, a decisão do prefeito Silveira Júnior (PSD) de elaborar um pacote de contenção de despesas. Os cortes e os setores que serão atingidos estão sendo estudados pela equipe econômica. A meta é promover uma economia de pelo menos R$ 3 milhões por mês.

O secretário do Planejamento, professor Josivan Barbosa, diz que essa meta será alcançada, adiantando que medidas anteriores tiveram resultados satisfatórios, chegando a reduzir despesas em até R$ 2 milhões/mês. Segundo ele, ampliando o corte de despesas, a gestão municipal terá chance de equilibrar as contas públicas até 2016.

Barbosa não adiantou o conteúdo do pacote, mas afirmou que todas as possibilidades já foram analisadas pelo núcleo econômico na gestão municipal. “Acredito que até sexta-feira (9) entregaremos a proposta ao prefeito, devendo ele fazer o anúncio oficial”, disse.

O JORNAL DE FATO apurou que o pacote atacará despesas com serviços terceirizados, contratos de aluguéis de imóveis e locação de veículos, economia de energia, água, combustível, telefones, diárias, etc. É certo, por exemplo, que o número de empregos terceirizados será reduzido. Atualmente, a Prefeitura tem pelo mens 1 mil empregos terceirizados, segundo Josivan Barbosa, para atender necessidades de 200 equipamentos públicos (escolas, creches, UBSs, unidades de cultura e lazer, etc.”

Perguntado se os cortes dos empregos terceirizados atingiria os indicados pelos16 vereadores da base governista, o secretário disse que não. “É preciso deixar claro que os cortes não são para atingir pessoas ou políticos, mas por necessidade para equilibrar as contas”, explicou Barbosa. “Ademais, o número de terceirizados da Prefeitura de Mossoró está bem equilibrado, então, não faremos cortes profundos nessa área, não precisa ninguém se assustar com as medidas”, adiantou.
Josivan acredita que o prefeito fará o anúncio até o fim de semana. 


Precisa 'sobrar' dinheiro para tapar o rombo da Previdência

A Prefeitura de Mossoró tem a necessidade urgente de equilibrar a relação receita/despesa para cumprir compromissos inadiáveis. Um deles é devolver os recursos que a gestão municipal recolheu dos servidores públicos e não repassou ao Fundo Previdenciário, o que rendeu denúncia de apropriação indébita previdenciária contra o prefeito Silveira Júnior.

O “rombo” é superior a R$ 15 milhões e junta-se a quase R$ 20 milhões que foram negociados em 2014, com três parcelamentos em 60 meses de R$ 224 mil, R$ 179 mil e R$ 29 mil. O prefeito Silveira concordou a pagar em 14 meses a dívida de mais de R$ 15 milhões, manter em dia em parcelamentos de 2014 e recolher no mês as contribuições dos servidores.

Com esse volume de recursos a pagar, conforme o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado na Promotoria da Fazenda Pública, o prefeito precisa cortar despesas para “fazer” dinheiro.

O secretário Josivan Barbosa garante que a gestão municipal cumprirá as suas obrigações, assegurando que o servidor público não corre o risco de ter salários atrasados. "Os salários em dia estão garantidos, pode ter certeza."

Fonte: Jornal de Fato

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Governador explica motivos da reordenação fiscal

Foto; Demis Roussos
O governador Robinson Faria reuniu hoje (05) líderes empresariais do Rio Grande do Norte para discutir as medidas do ajuste fiscal em tramitação na Assembleia Legislativa. Robinson explicou que as medidas são necessárias para assegurar a capacidade de pagamentos do Estado em relação aos fornecedores e aos servidores públicos.

O chefe do Executivo mostrou que desde o primeiro mês da gestão, em janeiro último, a administração estadual vem adotando medidas de economia e contenção de despesas. Entre estas medidas está o contingenciamento de 30% das despesas das secretarias, excluindo apenas as pastas da Saúde e da Segurança, a auditoria na folha de pagamentos, a renúncia à residência oficial do Governador.

As iniciativas do Governo representam economia de mais de R$ 200 milhões até o mês de agosto. Mas diante da redução dos repasses do Fundo de Participação dos Estados (FPE) pelo Governo Federal, o Rio Grande do Norte terá até o final deste ano uma frustração de receitas de R$ 500 milhões.

“Tivemos uma conversa franca com os líderes empresarias. Mostramos a realidade orçamentária, a necessidade da reordenação fiscal e que as medidas propostas são as mais suaves entre todos os Estados que já fizeram, incluindo São Paulo, Paraná e Ceará. Essas medidas vão assegurar o pagamento dos servidores e dos fornecedores e contribuir para proteger o setor produtivo no Rio Grande do Norte onde o Estado é o maior pagador e comprador”, afirmou Robinson Faria.

A proposta de reordenação do Governo vai assegurar acréscimo de receita no montante de R$ 230 milhões e contempla o aumento de 17% para 18% no Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços (ICMS); de 2% no ICMS da gasolina e álcool combustível e serviços de comunicação.

Também contempla alteração da alíquota do Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCD), que hoje é de 3% - a menor do país. A proposta é que seja praticado um ITCD progressivo, com alíquota mínima de 4% (para operações de até R$ 1 milhão) e máxima de 8% (para valores acima de R$ 3 milhões), seguindo o padrão que vai ser adotado em quase todo o país. Para as transações entre R$ 1 milhão e R$ 3 milhões a alíquota praticada deve ser de 6%. O governador ouviu as sugestões da área tributária com o compromisso de avaliar todos os pontos.

À reunião, na sede da Governadoria, compareceram o presidente da Federação das Indústrias do RN (FIERN), Amaro Sales, o presidente da Federação do Comércio do RN (FECOMÉRCIO), Marcelo Queiroz, o presidente da Associação Comercial do RN, Itamar Maciel, presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL), Afrânio Miranda, presidente da Federação dos Transportes do Nordeste (FETRONOR), Eudo Laranjeiras, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Natal (CDL), Augusto Vaz, presidente da Federação da Agricultura do RN (FAERN), José Álvares Vieira, diretor superintendente do SEBRAE, José Ferreira de Melo.

Os secretários de Administração, Gustavo Nogueira, de Tributação, André Horta, e o deputado Fernando Mineiro, líder do Governo na Assembleia Legislativa, também participaram da reunião.


Fonte: Assessoria do RN

Cadê o dinheiro que estava aqui?

A Prefeitura de Mossoró, definitivamente, está com dois discursos. Especificamente o prefeito Silveira Júnior (PSD). Ele usa a máxima de que todas as informações do Executivo são acessíveis a todo e qualquer cidadão mas, na prática, isso não acontece. Mais uma prova de que ninguém tem acesso à realidade financeira da PMM acontece agora. É que o blog enviou, na última sexta-feira de setembro, dia 25, perguntas para serem respondidas pelo secretário municipal da Fazenda, Jerônimo Rosado, depois de prévio contato com a Secretaria Municipal de Comunicação Social. Tudo voltado às dívidas e ao momento atual da economia municipal, a qual, diz-se, estaria em frangalhos. Algo que o blog duvida, e muito, já que uma festa é realizada seguida de outra.

Com base em números fornecidos pelo vereador Genivan Vale, o blog quis saber do secretário da Fazenda qual seria o total da dívida da Prefeitura de Mossoró. Com base nas informações passadas por Genivan, o montante devedor seria em torno de R$ 50 milhões. 

No domingo que passou o blog conversou, via Facebook, com o secretário da Fazenda. Jerônimo afirmou que teria respondido as perguntas e encaminhado para que a Secretaria de Comunicação fizesse o devido envio do material ao titular deste espaço. Algo que não aconteceu. Nesta segunda-feira, depois de uma série de telefonemas feitos, veio a constatação de que a Prefeitura de Mossoró não tem interesse em tornar público algo que deveria, pois se trata de verba pública, do uso correto desta, da destinação do dinheiro, a quem o Município deve e como vai pagar.

Antes de enviar as perguntas para a Secretaria de Comunicação, o blog havia conversado com o secretário municipal de Planejamento, Josivan Barbosa de Menezes. Ele afirmou que não via problema na Prefeitura explicar as dívidas e esclarecer tudo. Mas frisou que isso caberia à Secretaria da Fazenda. E foi onde o blog tratou de buscar as informações.

Jerônimo Rosado afirmou que respondeu todas as perguntas. Mas a Secretaria da Comunicação não faz valer seu papel, que é de facilitar o entrosamento da imprensa com a equipe do prefeito Silveira Júnior. Daí a desconfiança de que parte do próprio prefeito a orientação para não repassar nenhum tipo de informação que possa questionar o que vem sendo feito com a verba pública.

Assim sendo, o blog faz uso da expressão "democracia" e apela para que o Ministério Público possa tomar as devidas providências, no sentido de tornar público o que precisa chegar ao conhecimento de todos.

Abaixo as perguntas encaminhadas ao secretário municipal da Fazenda, Jerônimo Rosado, as quais não foram reencaminhadas pela Secretaria de Comunicação, apesar da afirmativa dele, de que teria respondido todas.

Qual o total da dívida atual da Prefeitura Municipal de Mossoró?
Não respondeu.

Procede a informação de que a PMM estaria com débito junto aos times, com parcelas de 40 mil para cada, bem como devendo R$ 50 mil aos árbitros de futebol?
Não respondeu.

A Prefeitura tem dívida de R$ 285 mil com a Rede Resistência de Comunicação?
Não respondeu.

Com relação aos pediatras, anestesiologistas, hospitais e obstetras, a dívida seria superior a R$ 1 milhão?
Não respondeu.

A Prefeitura está devendo R$ 500 mil às livrarias?
Não respondeu.

Sobre dívida com a empresa Sama, o monte seria de R$ 800 mil?
Não respondeu. 

É verdade que a Prefeitura está devendo R$ 1 milhão para empresas de segurança?
Não respondeu.

Procede a informação de que a PMM estaria em débito com advogados especialistas em direito eleitoral e que esta dívida seria de R$ 1 milhão?
Não respondeu.

A Prefeitura deve R$ 5 milhões à empresa Sanepav?
Não respondeu.

O débito relacionado ao PMAQ chega a R$ 5 milhões?
Não respondeu.

A Prefeitura deve R$ 6 mil às empresas terceirizadas?
Não respondeu.

O débito com a Previ Mossoró é de R$ 15,8 milhões?
Não respondeu.

Em que foi investido o dinheiro da Previ?
Não respondeu.

A Prefeitura não fez o repasse de R$ 350 mil ao Sindiserpum, no valor de R$ 350 mil, correspondentes ao imposto sindical cobrado do salário dos servidores? Para onde foi esse dinheiro?
Não respondeu.

'A UERN fez um acordo com o Governo do Estado'

Diante do impasse envolvendo o Governo do Estado e a Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern), com relação à greve de professores e técnicos administrativos, o blog conversou com o reitor Pedro Fernandes para analisar alguns temas que foram colocados, pelo próprio governo, e os quais evidenciaram pouca vontade do Executivo em resolver o problema. Abaixo o bate-papo com o reitor:

O Governo do Estado divulgou nota na imprensa, em página paga, na qual afirma categoricamente que a tem pago para manter a greve de professores e técnicos administrativos da Uern. E elencou uma série de elementos com o objetivo de reduzir o movimento paredista. Como o senhor analisa o comportamento do Governo com relação a esse fato?
No momento em que soube da nota, estávamos no Teatro Dix-Huit Rosado, aguardando o início da solenidade de assembléia universitária, em comemoração aos 47 anos da UERN. Confesso que não li naquele momento, em virtude da ansiedade para o início da solenidade. Depois que li a nota, fiquei surpreso com o teor e comentei no grupo de whatsapp dos secretários do RN, no qual faço parte, que pela grandeza de nossa instituição, a UERN merecia pelo menos os parabéns e que por pertencer ao Estado, o Governo pode muito se beneficiar com sua única Instituição de Ensino Superior.

Já se fala em judicialização da greve da Uern.... 
Sim, tenho lido isso na imprensa. 

Trata-se da mais longa greve da Universidade. Por quais motivos não se chegou a um entendimento?
Paradoxalmente, pela clareza dos dados. A UERN fez um acordo com o Governo do Estado e fez seu dever de casa, adotando uma política de austeridade arrojada e assegurando que em seu orçamento o acordo pudesse ser cumprido. Ao mesmo tempo em que o RN encontra-se acima do limite legal imposto pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Então de um lado, temos a redução das despesas, orçamento e o entendimento legal de que possa se fazer uma substituição de remuneração, do outro a LRF.

O governo tem alegado a Lei de Responsabilidade Fiscal, mas o reajuste já havia sido assegurado pelo próprio Governo. A Uern se preparou para o atendimento do pleito da categoria?
Exato. Comprovamos isso no levantamento contábil que entregamos ao governo. A reposição, nos índices que haviam sido acordados, não exigia suplementação e hoje ainda temos condições orçamentárias para pagar o retroativo a maio. 

O governo passa a ideia de que a greve teria resquícios políticos e inclusive exonerou a professora Socorro Batista da Secretaria Estadual de Educação, onde ela era adjunta. O senhor vê elementos que possam fazer ilações políticas partidárias com o movimento de professores e técnicos?
Não percebi essa ideia por parte do governo e nem evidencio nenhum elemento para que se faça esse tipo de inferência.

Como acreditar em um governo que, definitivamente, põe culpa em professores e técnicos e alude que a Universidade tem saído "cara" para o governo?
Entendo que temos a responsabilidade e compromisso de fazer com que a sociedade norte-riograndense participe da UERN e que ela faça sua avaliação. Recentemente, o Governo discutiu amplamente o Plano Plurianual em vários municípios. Tenho certeza que a UERN foi citada várias vezes, como formadora de recursos humanos e como instrumento importante para implementação de políticas públicas. Como sempre, nos colocamos a disposição para realizar tal debate.

O senhor consegue visualizar, na atitude do governo, alguma ação de "boicote" à Academia?
Não vejo tentativa de boicote.  A grandiosidade da UERN não permite qualquer tentativa de esvaziamento. A reação de segmentos significativos como  a Igreja e manifestação nas redes sociais provam que nossa UERN faz o que se espera de uma instituição pública: devolve recursos nela investidos através de profissionais preparados e serviços de qualidade para a sociedade potiguar.

sábado, 3 de outubro de 2015

Robinson diz não temer investigação

O governador Robinson Faria (PSD) não teme que se faça ligações envolvendo ele e Gutson Johnson Giovany Reinaldo Bezerra, ex-diretor do Idema e que aparece como suposto líder de quadrilha que desviou uma fortuna do órgão entre os anos 2013 e 2014. Gutson é filho de Rita das Mercês, ex-procuradora-geral da Assembleia Legislativa. Ela é acusada de liderar esquema que desviou outra fortuna da Assembleia, forjando pagamento de pessoal. Conforme apontam as investigações.

O blog quis saber a posição do governador sobre a questão. A secretária estadual de Comunicação Social, jornalista Juliska Azevedo encaminhou respostas ao questionamento feito pelo titular deste espaço. E disse que o governador não foi o responsável pela indicação da direção do Idema que atuou entre 2013 e 2014. Período em que teria havido o desvio milionário do órgão.

Vejam o que disse a assessoria de imprensa do governador; "O governador Robinson Faria não foi o responsável pela indicação da direção do Idema que atuou entre 2013 e 2014, período em que, inclusive, estava rompido politicamente com o Governo do Estado, da mesma forma que não teve qualquer envolvimento com a gestão alvo de investigações. Portanto, não há, da parte dele, qualquer temor com relação às investigações conduzidas pelo MP."


Bom, aparentemente e segundo as afirmações da assessoria de imprensa do governador, Robinson Faria estaria sem problemas.

Contudo, vale salientar que a exoneração de Gutson Johnson Giovany Reinaldo Bezerra da direção do Idema ocorreu em 6 de maio deste ano. Cinco meses depois da posse de Robinson Faria como governador do Rio Grande do Norte.

Exoneração de Gutson Johnson Giovany saiu apenas em 5 de maio deste ano (clique para ampliar)



Além disso, é sabido que Robinson Faria, enquanto vice-governador do Rio Grande do Norte, ocupou a Secretaria Estadual dos Recursos Hídricos, que detinha o comando, também, sobre o Idema. Inclusive, à época, Robinson cansou de dizer que a equipe que tinha montado era eminentemente técnica. Daí a desconfiança que se faz. O blog não está com isso fazendo julgamento de valor, apenas afirmando que o Ministério Público poderá assumir essa linha de raciocínio e seguir a lógica, Nada mais.

Ainda além disso, Robinson Faria foi presidente da Assembleia Legislativa e, em tese, teria conhecimento do que aconteceria no âmbito administrativo daquela Casa. Assim como o seu sucessor, deputado estadual Ricardo Motta e o sucessor deste, Ezequiel Ferreira de Souza.

Como mãe e filho, Gutson e Rita das Mercês, são acusados de prática danosa ao patrimônio público, evidentemente que os presidentes da Assembleia Legislativa, e nisso inclui-se Robinson Faria, a responder, também, acerca da existência de informações relacionadas ao crime que teria sido cometido por Rita na Assembleia Legislativa, Assim como também o governador deve explicar por quais motivos exonerou Gutson somente em maio. Será que a diretoria do Idema não teria assim tanta representatividade a ponto de um governador demorar cinco meses para exonerar quem, definitivamente, diz que não indicou? Eis a questão.

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Silveira, definitivamente, não tem oposição

Fala-se, inclusive este blog, que a situação do prefeito Silveira Júnior (PSD) não é das melhores. Analisando melhor algumas afirmações feitas neste espaço, o titular é obrigado a rever algumas críticas e a mudar de visão. Sim, todos nós podemos enxergar alguma coisa e mudar o foco, dependendo do que se quer ver. Obviamente que a crise econômica será o pesadelo dos atuais prefeitos que pensam em renovar seus mandatos em 2016.

Vejam só porque o blog está revendo suas posições: Mossoró é a segunda cidade mais importante do Rio Grande do Norte e respira política diuturnamente e onde uma eleição termina e outra começa logo depois da contagem dos votos.

Com isso, percebe-se que o prefeito Silveira Júnior até que está "de boa". Não tem oposição sistemática. E isso é benéfico a quem almeja renovar qualquer mandato. Quem poderia dizer alguma coisa fica no silêncio. E perde tempo quem "compra" uma briga que, de certo modo, não é sua. Afinal, a quem interessa alguém ficar na crítica sempre? A quem interessa "detonar" alguém? Obviamente que alguém acaba se beneficiando. Mas este alguém não aparece. Não fala. Não critica, Não diz nada.

As lideranças, maiores, da política local estão em silêncio. Doa a quem doer. Morra quem morrer. passe fome quem passar, ninguém fala absolutamente nada.

Daí o blog chegar à conclusão de que Silveira Júnior está, realmente, com a corda toda. E, se sua oposição continuar assim, abatida, cabisbaixa e alheia a tudo, obviamente que o prefeito será o maior contemplado. E poderá até perguntar, mais adiante, acerca do silêncio de uns e questionar sobre os motivos pelos quais resolveram falar somente naquela hora (leia-se no período da campanha propriamente dito).

Tirando alguns vereadores, que cumprem seu papel enquanto agentes fiscalizadores do poder Executivo, não se ouve nada das lideranças políticas da cidade. Parece até que todas concordam com a atual conjuntura política, administrativa e econômica. Já que não falam absolutamente nada. E se não dizem nada, recorre-se à máxima de que "quem cala, consente". E se consente, está apoiando tudo e achando que tudo está bem.

Daí Silveira, crê o blog, estar em situação cômoda. Quem é para falar simplesmente não fala. Quem é para dizer, definitivamente, não diz.

Policiais são condenados pelas mortes de prefeito e seu motorista

Cinco policiais civis foram condenados no início da manhã desta quinta-feira, 1º, pelas mortes do ex-prefeito de Grossos, João Dehon da Costa Neto, e o seu motorista, Márcio Sander Martins, ocorridas no dia 23 de junho de 2005, na BR 304, na entrada do município de Santa Maria.

Foram julgados e condenados a 17 anos e 6 meses de prisão João Maria Xavier Gonçalves, Newton Brasil de Araújo Júnior, Railson Sérgio Dantas da Silva, João Feitos Neto e José Wellington de Souza. Já José Wellington de Souza foi sentenciado em 17 anos e 4 meses

Todos perderam à função pública e foram condenados por homicídio qualificado e lesão corporal grave.

Dehon Caenga, como era mais conhecido, e seu motorista foram baleados por policiais civis. A ação foi considerada desastrosa pela própria Polícia Civil à época. O ex-prefeito voltava da capital do estado em companhia de outras três pessoas quando foram alvos de uma emboscada.

Perseguido, o condutor do veículo ainda chegou a parar em um posto de combustível. Os policiais estavam em uma operação para recuperar um carro roubado, quando confundiram o veículo do ex-prefeito com o dos suspeitos. O julgamento ocorreu no Fórum Desembargador Miguel Seabra Fagundes, em Natal, e durou cerca de 21 horas.

Fonte: Defato.com

Barraqueiros já podem fazer inscrição

As inscrições para os barraqueiros que têm interesse em comercializar nas proximidades do cemitério, nos dias que antecedem o Dia de Finados, já estão abertas.

As vagas são limitadas e podem ser feitas nos cemitérios mesmo. Para realizá-la é necessário que o interessado apresente apenas os documentos pessoais. É importante que as inscrições sejam feitas com antecedência para que sejam definidas a forma de ordenamento dos barraqueiros.

“Estamos fazendo um levantamento sobre os segmentos de comércio para, a partir de então, ser feita a separação dos vendedores”, falou Carlos Clay, secretário de serviços urbanos.

A organização e manutenção dos cemitérios é de responsabilidade da Secretaria de Serviços Urbanos e para garantir o melhor fluxo das pessoas dentro dos cemitérios e nas vias ao entorno no Dia de Finados, algumas medidas estão sendo tomadas em parceria com as secretarias de Mobilidade Urbana, Meio Ambiente e Urbanismo, Segurança Pública e Defesa Civil e Infraestrutura e Habitação.

Fonte: Secom/PMM

Perguntar para quê? Tudo é muito belo

Que liberdade é essa que não permite que o cidadão tenha acesso às informações? Qual liberdade tolhe direitos e impõe regras ilimitadas e que não garantem nada que diga respeito às verdadeiras faces dos números? Qual o sentido de ser livre se o cidadão se vê obrigado a acompanhar o desenrolar de uma vida amarrado às correias da servidão? Qual o objetivo de se investir no déja vu? Em algo já visto? Enfim, qual o sentido de se propagar democracia quando, verdadeiramente, se vive em uma ditadura?

O 30 de Setembro, dia da Liberdade mossoroense, provou e comprovou que tudo está errado. Mas o certo é investir no errado. Insistir no erro. Propagar o erro e defender o erro. Mas, contrariando tudo o que este blog já disse, aqui inicia-se um outro capítulo da história. Algo "novo". Algo que deve, necessariamente, ser aplaudido e reverenciado: é preciso reconhecer que o prefeito Silveira Júnior (PSD) fez a coisa certa. Que ele está coberto de razão e que ele, realmente, deve ser reeleito. Afinal, está tudo bem na segunda maior cidade do Rio Grande do Norte. Tudo caminha na perfeita harmonia. 

Reconheça-se aqui que seus assessores estão cobertos de razão ao defenderem o que parecia, para alguns, falhas e erros administrativos. Afinal, tudo não passou de mero boato da oposição. Mero discurso de quem não quer ver a cidade crescer. De quem não gostou das férias dadas aos Rosado ou coisa de quem perdeu o "peitinho" da Prefeitura de Mossoró.

Sim, tudo está perfeitamente bem. Tudo caminha na santa paz e na misericórdia harmonia dos contrastes. Temos uma cidade grande. Um povo trabalhador. Gente jovem reunida, como diz aquela musiquinha. 

Quem quer saber de dívidas? Quem quer saber se houve apropriação indevida da verba da Previdência? Quem danado tem interesse em discutir os motivos da retenção do imposto sindical? Se o principal interessado, o Sindiserpum, não move uma palha em favor dos servidores, quem vai se manifestar contrário ao que está posto? Somente para atrair a antipatia do prefeito? Só para ser chamado de mentiroso? Venal? Que está tentando encontrar uma brecha para se beneficiar da extensão das benesses governamentais?

Não. Chega. O blog não vai mais ser contrário à maioria. Sim, pois se tudo funciona bem, se não existe nada a ser questionado ou se as lideranças políticas se fingem de mortas e esperam o momento certo para falarem, por quais motivos um simples blog vai se meter em algo que não lhe cabe?

Se o Sindiserpum acha correto o não-repasse de verbas à Previdência e aceita dividir o repasse do imposto sindical, embora este já tenha sido cobrado do salário do servidor, por quais motivos este blog vai "comprar" uma briga que não é sua?

Se a Prefeitura de Mossoró não passa informações sobre contrato público com uma empresa privada, por quais motivos este blog vai insistir nisso? Para fiscalizar tal contrato existe o Ministério Público e a Justiça em si. Afinal, todos nós pagamos salários deles, de juízes e promotores, para que o patrimônio público, de todos, seja preservado. Se nada foi feito, aparentemente, até agora é porque nada de errado existe. Simples assim.

E, contrariando o início desta postagem, o blog parabeniza a Prefeitura de Mossoró pela realização dos festejos alusivos ao 30 de Setembro. O Cortejo da Liberdade estava uma belezura. Representado pela temática "feira livre", tivemos ali uma verdadeira noção de liberdade: somos livres para comprarmos as bugigangas que quisermos, os temperos, os doces e salgados... Isso se tivermos dinheiro. Mas o blog lembrou que é tempo de crise financeira e nem ir à feira se pode... Falta grana... Qual mesmo a ligação da temática "Feira Livre" com a Liberdade????

Bom, mas como o blog mudou seu discurso, louva a ideia da Prefeitura de Mossoró. Ser livre é também fazer feira. Ser livre é sentir o cheiro dos temperos, das comidas típicas e lembrar das figuras folclóricas.

Parabenizar também a Prefeitura de Mossoró pelo repeteco do 7 de Setembro. Quem não foi às ruas no começo de setembro assistir ao desfile cívico acabou sendo agraciado, na quarta-feira, 30, com uma das maiores apresentações e representações da liberdade em Mossoró. O blog só não entendeu porque se gastou dinheiro público nas comemorações e se contratou equipe para produzir algo que já estava pronto. Sim, pois bastava apertar a tecla review do controle da PMM para se ter uma reprise do desfile de 7 de Setembro.

Mas estava tudo lindo. Tudo organizado. Tudo perfeito. As escolas da rede estadual de ensino que não desfilaram em 7 de Setembro aproveitaram o dia 30 para saírem da toca. Mas só esqueceram de avisar que a temática era outra. Que o sentido era outro.

E, no meio do povo (o titular do blog também estava lá) alguém grita e pergunta: "onde está Wally?"

Wally? E o blog foi tentar encontrar o fio da meada. Olhou para o palanque das autoridades e percebeu a falha: igual nos desenhos antigos apresentados na Globo, ao final de cada episódio de determinada série infantil, vinha a tarefa: "tente encontrar Wally". E, tal qual aquele joguinho dos sete erros, o blog sentiu a falta de Wally: era a ausência do governador Robinson Faria (PSD), que não viu graça nenhuma em ser obrigado a assistir ao episódio "Vale à pena ver de novo" do 7 de Setembro e não deu o ar de sua graça. Nem no dia 30 nem no dia 28, dia de aniversário da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern).

Mas estava tudo lindo. Tudo bonito. E o blog até lembrou de uma musiquinha entoada por aquele personagem do He-man: "...o bem vence o mal/espanta o temporal/o azul/o amarelo/tudo é muito belo..."


quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Governo explica pensões

Nota de esclarecimento  
A respeito dos atos publicados nesta quinta-feira (24) para regulamentação da pensão vitalícia devida aos ex-governadores do Estado Lavoisier Maia e José Agripino Maia, o Gabinete Civil do Governo do Estado do Rio Grande do Norte esclarece que:
 - O benefício estava previsto na Constituição do Estado do Rio Grande do Norte, em seu art. 175, vigente ao tempo das concessões, e já vem sendo pago regularmente ao longo dos anos.  Entretanto, como os autos dos procedimentos administrativos de concessão foram extraviados, houve orientação da Procuradoria Geral do Estado, para que fosse publicado ato regulamentador;
 - Não se trata de concessão de benefício novo nesta data nem há passivo a ser quitado pelo Estado. Por imposição constitucional, as pensões vêm sendo pagas desde sua implementação;
 - O ato regulamentador publicado hoje visa apenas a formalizar novamente a percepção da vantagem em face do extravio dos procedimentos originais de concessão. É um ato meramente formal;
 - O pagamento das pensões está sendo questionado na Justiça, mas não há nenhuma decisão judicial, até o momento, que determine seu cancelamento. Portanto, o Estado continua obrigado a pagá-las, em face do princípio da legalidade.
 Gabinete Civil do Estado do RN

Mesmo com a crise, Robinson concede mimos

É a crise... RN tem retração de R$ 478 milhões na arrecadação, segundo afirmações do governador Robinson Faria... Mas ele concedeu, mesmo com a crise, alguns mimos aos ex-governadores José Agripino Maia e Lavoisier Maia, que recebem pensão vitalícia. Antes a pensão deles era de R$ 11 mil. Agora é de R$ 21.914,74.

Sem comentários.

É preciso repensar

A Prefeitura de Mossoró comete erro grave ao anunciar que processará jornalistas que publicaram algum material envolvendo áudios de conversa entre o secretário municipal da Fazenda, Jerônimo Rosado, e o empresário Carlinhos Ferdebez acerca da munganga financeira relacionada à realização do Mossoró Cidade Junina.

Em nota enviada ontem à imprensa, a Prefeitura de Mossoró fala em processo judicial contra jornalistas... Oxe... Desde quando não se pode divulgar indícios de escândalo? Desde quando não se pode questionar lisura com a coisa pública? Desde quando todo mundo tem que dar valor apenas à versão oficial? Desde quando um governo, seja ele qual for, pode dizer o que pode e o que não pode ser publicado? 

O blog pensou que a ditadura tivesse sido extinta. Mas é o contrário. A Prefeitura de Mossoró insiste na famigerada ideia de que apenas o que se diz por lá é a verdade absoluta. Ledo engano. O Direito, por si, permite que uma verdade seja questionada.

Se o cidadão, seja ele qual for, não manifestar interesse pela sua cidade... Pobre dessa cidade. Estaria fadada ao fracasso. Ao caos. Ao desmando. E é preciso que todos, de maneira geral, participem das discussões. Ou ninguém mais se lembra do "Fora Collor"? Ou das recentes movimentações no Brasil? Ou do movimento Pau de Arara? Como não existem mais movimentações por estas bandas, tudo deve estar perfeitamente bem, funcionando na mais perfeita harmonia, com a saúde sem problemas. Com a educação a todo vapor, com merenda escolar e criancinhas com suas fardas. Mas será que está mesmo?

É hora de repensar certas ações. Certas palavras e conceitos. Não se pode regredir e achar que se pode processar judicialmente quem se mostra contrário aos "desacertos" administrativos e os critica. Fosse assim, não faria sentido algum vivermos em uma democracia ou se propagar a ideia de que a administração é pública.

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

PMM rebate denúncias e fala em processo judicial

A Prefeitura de Mossoró enviou ainda a pouco uma nota de esclarecimento acerca das denúncias que circulam e que envolvem o empresário Carlinhos Ferdebez e a Secretaria Municipal de Cultura. Especificamente no que diz respeito à lisura administrativa e financeira na realização do Mossoró Cidade Junina. Na nota, destaca que os "agentes públicos mencionados" tomarão as medidas judiciais cabíveis. Ou seja: processo djá!

Segue a nota:


NOTA DE ESCLARECIMENTO

Diante de notícias veiculadas neste domingo (20.09.15), no Jornal O Mossoroense, sob o Título “Prefeitura e empresário não se entendem sobre pagamentos em aberto do Mossoró Cidade Junina”, a Prefeitura Municipal de Mossoró CONTESTA todas as informações veiculadas na referida matéria e, para tanto, todas as medidas administrativas e judiciais estão sendo tomadas para esclarecimento e responsabilizações das ocorrências anotadas na referida notícia difundida em face à situação de constrangimento e prejuízo moral a que foi submetido a imagem desta edilidade, além disso, cada um dos agentes públicos mencionados adotarão as medidas judiciais cabíveis em razão da gravidade das acusações.

Por fim, destaque-se que a facilidade de acesso a informações e a oportunidade de publicizá-las decorre de uma política de liberdade prevista constitucionalmente, porém, o exercício desta deve ser realizado com responsabilidade e dentro dos ditames legais para evitar danos de ordem moral e material, para quaisquer dos envolvidos.

Cultura silencia sobre acusações de Carlinhos Ferdebez

A assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Cultura afirmou ao blog ainda a pouco que a titular da pasta, Isolda Dantas, não vai se pronunciar sobre acusações feitas pelo empresário Carlinhos Ferdebez, que ganhou licitação para realizar o Mossoró Cidade Junina deste ano. Em um primeiro áudio, veiculado no blog do jornalista Bruno Barreto (ouça aqui), Ferdebez afirma que as planilhas do evento foram superfaturadas.

Mas a afirmação mais grave, segundo conversa que teria acontecido entre Ferdebez com o secretário municipal da Fazenda, Jerônimo Rosado, o empresário afirma que desarticulou uma quadrilha e acusou a secretária Isolda Dantas de ter "rasgado" o edital do evento. (ouça aqui).

No terceiro áudio, o proprietário da empresa Ferdebez Produções e Eventos afirma que teria havido dimensionamento de valores para atender especificidades da diretora do espetáculo "Chuva de Bala no País de Mossoró", Diana Fontes. (ouça aqui).

Diante de tanta denúncia, o blog conversou com a assessoria de imprensa de Isolda Dantas e foi informado que ela não iria comentar as declarações do empresário. A única informação passada pela assessoria foi de que a secretária de Cultura já teria acionado seus advogados, os quais estão analisando os áudios e, certamente, devem ingressar com ação judicial contra Carlinhos Ferdebez.

O certo é que, apesar das denúncias, apesar de se ter o envolvimento de verba pública gasta em evento que está sendo acusado de ter trabalhado com tabelas superfaturadas, a Secretaria de Cultura não desmentiu nem confirmou as afirmações feitas por Carlinhos Ferdebez.

Entre Josivan e Jório, quem levaria vantagem?

Com a crise instalada na Prefeitura de Mossoró, envolta em denúncias infindáveis acerca de atraso de pagamento, de existência de nove cartelas diferenciadas ao Mossoró Cidade Junina e mais uma série de questões de ordem moral e ética, fica cada vez mais difícil acreditar na teoria de que o prefeito Francisco José Júnior (PSD) pense em reeleição. A começar pelo bloqueio que existe entre ele e a imprensa. Sua Comunicação não tem ajudado e coloca obstáculos em tudo. Como se não fosse necessária a apresentação de alguma explicação ao atual momento vivenciado em Mossoró. O que é lastimável.

Assim, com essa série de questões externas e internas, fica complicado para o prefeito conseguir se sobressair e virar a página, como se diz, em busca da reeleição. Não se tem clima. Não há espaço. Não se tem como. Mas nem tudo está perdido e basta Silveira querer. E para tanto, teria que mudar parte da sua equipe. Algo que, definitivamente, não deve acontecer. A Comunicação, por exemplo, é imexível, já que quem controla a pasta é sua cunhada, jornalista Mirella Ciarlini, irmã da também secretária Amélia Ciarlini (primeira-dama e que responde pela pasta do Desenvolvimento Social).

Isto posto, um nome da própria equipe de Silveira começa a despontar (algo que já vinha acontecendo desde que aceitou fazer parte de auxiliares do prefeito). Trata-se do secretário municipal de Planejamento, Josivan Barbosa de Menezes. Josivan surge, dizem, como uma "pedra no sapato" do presidente da Câmara Municipal, vereador Jório Nogueira (PSD), que é tido como um dos prováveis nomes serem alçados à disputa pela Prefeitura de Mossoró em caso de algum impedimento contra Silviera Júnior. Algo bem complicado, já que Jório tem se destacado via outra liderança emergente: o governador Robinson Faria (PSD), que tem rasgado elogios ao vereador mossoroense.

O blog conversou com Josivan e perguntou algo que tem sido especulado: se ele estaria de malas prontas para sair do PT e aportar no PSD, partido presidido em Mossoró por Silveira Júnior. Ele não disse que sim nem que não. Limitou-se a responder que estava no grupo para somar e que seu destino partidário dependeria exclusivamente do agrupamento político governista.

"Estamos discutindo o apoio que o prefeito terá à reeleição. O que for melhor para o grupo permanecer unido, farei", afirmou. Josivan falou ainda que o PT, especificamente a ala ligada ao vice-prefeito Luiz Carlos, está mais próxima. Mas é público e notório que Luiz Carlos também quer disputar a Prefeitura de Mossoró. E, com isso, Josivan não teria espaços na legenda. Entre um vice-prefeito e um secretário, obviamente que a vez seria do vice.

E é aí que está a questão: o PT tende a desembarcar do governismo. Assim como Josivan tende a se filiar ao PSD. O secretário de Planejamento mataria, no popular, dois coelhos: ficaria livre para tentar se viabilizar e entraria na disputa com Jório Nogueira. Levaria vantagem no plano municipal, já que Silveira poderia apoiá-lo. Mas ficaria em desvantagem no âmbito estadual, pois é público que o nome da vez, para o governador Robinson Faria, é o presidente da Câmara Municipal.

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Representantes do prefeito evitam afastamento de Silveira

No momento em que a sociedade brasileira, de modo geral, espera mais transparência no trato público e que se investigue até a compra de um alfinete, Mossoró dá um passo contrário ao avanço da democracia.

Não que o prefeito Silveira Júnior tenha cometido alguma irregularidade, mas a Câmara Municipal pecou ao não permitir investigação sobre denúncia acerca de apropriação indébita de verba previdenciária, bem como do Imposto Sindical que é descontado do salário do servidor e não é repassado ao Sindiserpum.

É bom lembrar que vereador foi eleito para representar o povo. Não para representar o Executivo. Quem representa o Executivo é o prefeito. Câmara existe para fiscalizar e não para atenuar ou evitar investigação.

O titular do blog havia conversado pela manhã com alguns vereadores e já se sabia, evidentemente, que o pedido de afastamento do prefeito não iria resultar em nada. Até porque a base governista não enxergou a existência de crime de improbidade administrativa o não-repasse de verba à Previdência municipal. O blog não vai nominar nenhum parlamentar, mas não percebeu firmeza nas afirmações.

Mas é aquela coisa: a decisão de hoje refletirá no objetivo de amanhã. Talvez alguns vereadores que hoje foram contrários à investigação estejam, ano que vem, metendo o porrete de jucá nas costas de Silveira. E serão palavras que deverão ser desconsideradas. Totalmente. Pois agora afirmaram a inexistência de nenhum problema e não terão condições morais de, mais na frente, afirmarem o contrário.

PMM desconta imposto de servidor e não repassa ao Sindiserpum

O titular do blog esteve pela manhã desta terça-feira na Câmara Municipal. De cara, recebe uma folha com alguns números, os quais são intitulados de "Dívidas". O documento estava com o vereador Genivan Vale e, obviamente, entregou cópia ao blog. Uma verdadeira dança numérica, com valores de R$ 40 mil a R$ 15,8 milhões. Este último está ligado à PreviMossoró, objeto de pedido de afastamento do prefeito Silveira Júnior (PSD). Algo que dificilmente ocorrerá, pois o prefeito tem maioria e, definitivamente, a Câmara não está ali para representar o povo, e sim para ser responsável à inibição de qualquer possibilidade de questionamento ao inquilino do Palácio da Resistência. É fato inconteste.

Um dos números, listados pelo vereador Genivan Vale, um deles chamou a atenção. Não pelo valor. Mas pelo motivo de estar ali: o imposto sindical, que é cobrado de todo e qualquer servidor público, com desconto no contracheque, cujo valor não estaria sendo repassado ao Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Mossoró (Sindiserpum).

Com tal informação em mãos, o blog foi conversar com o vice-presidente do sindicato, Gilberto Diógenes. E ele confirmou: a Prefeitura de Mossoró está deixando de repassar R$ 350 mil de imposto sindical desde abril passado. O total do débito é de R$ 350 mil. Os valores foram reafirmados por Eliete Vieira, diretora financeira do Sindiserpum. Mas e por qual motivo a Prefeitura não repassa? perguntou o blog. E a resposta não poderia ser outra: "pergunte ao prefeito", disse Eliete.

A sindicalista afirmou que o Sindisepum tem buscado, desde abril, o pagamento relacionado ao imposto sindical, o qual já foi quitado pelos servidores. Mas os valores não foram repassados pela Prefeitura de Mossoró. "Temos tentado convencer o prefeito sem procurar a Justiça e temos cobrado. Mas sempre se alega a crise. Mas é algo que já foi descontado do salário dos servidores", disse.

A questão é que o assunto vai ficar, mais uma vez, sem a resposta da Prefeitura de Mossoró. Parece que a ordem que reina no Palácio da Resistência é não "dar trela" às denúncias que envolvem dinheiro. E mais: a Prefeitura trabalha com a teoria de que não deve apresentar explicações, como se a verba utilizada em toda e qualquer ação fosse particular. Algo que é equivocado. Trata-se de verba pública e a PMM deve, sim, prestar todos os esclarecimentos. Tantos quantos forem necessários. Afinal, é patrimônio público.


segunda-feira, 21 de setembro de 2015

'Ele não estava preparado para governar'

Nas eleições de 2000, ainda desconhecida do grande público, a enfermeira Fafá Rosado teve a coragem de aceitar a convocação do PMDB para ser candidata à Prefeitura de Mossoró. Missão delicada: enfrentar a então prefeita e candidata à reeleição Rosalba Ciarlini. Abertas as urnas, favoritismo comprovado. No entanto, Fafá obteve votação surpreendente. Foi o suficiente para ela sair da liderança da ex-deputada Sandra Rosado (PSB) e se tornar prefeita de Mossoró quatro anos depois, já com apoio de Rosalba. Em 2008, mandato renovado com votação expressiva. Nos oito anos de administração, com aprovação popular em alta, transformou o esposo, médico Leonardo Nogueira, deputado estadual em duas legislaturas. Isso, porém, não foi suficiente para transformar em vitória o projeto de 2014: Fafá fracassou como candidata à Câmara dos Deputados e Leonardo não renovou o mandato. Hoje, a ex-prefeita vê nas ruas a possibilidade de voltar ao Palácio da Resistência. “Por onde eu passo, as pessoas pedem para eu voltar”, afirma, durante longo conversa no “Cafezinho com César Santos”, gravado na última quinta-feira, no gabinete do JORNAL DE FATO. Fafá Rosado admite que é pré-candidata, que tem o aval do PMDB, mas que tudo dependerá da vontade do povo. A ex-prefeito também alimenta a possibilidade de fazer dobradinha com ex-governador Rosalba Ciarlini, “para o bem da cidade de Mossoró”.

O nome da senhora aparece no tabuleiro da sucessão municipal do próximo ano, em todas as rodas de conversa política. O seu grupo trabalha com essa posição?
Eu sempre digo que nunca imaginei ser um dia prefeita de Mossoró, mas tive essa oportunidade que administrar a nossa cidade por oito anos. Então, acho natural que o seu nome esteja sendo lembrado para uma possível candidatura à Prefeitura. Acho que isso ocorre pelo trabalho que realizamos, com competência, responsabilidade e zelo pelo bem público. O nosso compromisso de trabalhar e servir com honestidade é reconhecido pelo povo. Então, nada mais natural do que ter o nome lembrado para voltar a administrar a nossa cidade.

A senhora, então, se coloca como pré-candidata?
Quando a gente escuta a população, é possível observar o desejo das pessoas e tirar conclusões. Eu tenho andado bastante nas ruas de Mossoró, visitando os bairros, conversando com os amigos e ouvindo a população. Tenho escutado bastante as pessoas falarem que têm saudades de Fafá como prefeita. Primeiro, considero esse sentimento popular bastante gratificante. Segundo, vejo como uma responsabilidade muito grande, porque, enquanto cidadão mossoroense tenho essa missão de trabalhar pelo bem da cidade e das pessoas, independentemente de ter mandado ou não. Portanto, quero dizer que estarei sempre a disposição para servir a Mossoró e ao nosso povo. Seja ocupando mandato eletivo ou mesmo como simples cidadã.

Vou insistir, a senhora é hoje uma pré-candidata?
Olha, estou acompanhando o sentimento das pessoas. Falo das pessoas que querem o bem Mossoró, como eu quero. Elas esperam que a cidade volte a se desenvolver, como ocorreu no passado. As pessoas não querem que Mossoró continue passando por grandes dificuldades como acontece hoje. Todas as áreas administrativas estão passando por problemas, o que sugere que a cidade não está bem governada. Não é só Fafá que diz isso, mas toda a população. Então, o importante nesse momento é olhar a situação em que se encontra Mossoró, para elaborar um projeto capaz de recuperar a nossa amada cidade.

A senhora é pré-candidata?
Ainda estamos distantes das eleições, portanto, não é o momento para decidir quem é ou será candidato a prefeito de Mossoró. Mas, se essa decisão recair para a minha pessoa, eu posso afirmar que aceitarei o desafio. Já disse isso aos líderes do meu partido, o ministro Henrique Alves e o senador Garibaldi Filho, quando eles me perguntaram se eu aceitaria ser candidata outra vez. Disse que sim. Não sou de fugir dos desafios. Foi assim no ano 2000, quando o PMDB me convocou para ser candidata numa situação bastante adversa, porque do outro lado a candidata era a prefeita Rosalba. Fui e cumpri a minha missão. Sai da condição de não ser muito conhecida em Mossoró, mas acredito que a votação que obtive foi determinante para as vitórias que conquistamos nas eleições seguintes. Não ganhamos as eleições de 2000, como todos sabem, mas nos elegemos prefeita em 2004 e renovamos o mandato em 2008. Portanto, o nome está posto a disposição do meu partido e do povo de Mossoró.

O senhora deseja voltar a administrar Mossoró?
Posso afirmar: eu não pensava em ter esse desejo. Mas quando eu vejo o que está acontecendo em Mossoró, com os problemas que aí estão, tenho vontade de voltar para oferecer a minha experiência administrativa para recuperar a nossa cidade. Mossoró passa por uma situação delicada. Veja a saúde, que é a minha área de atuação como profissional. Está desestruturada, com os problemas se acumulando e, por gravidade, não prestando bom atendimento à população. Escuto dos profissionais da saúde e das pessoas que têm saudade do nosso tempo de prefeita, onde a saúde recebeu grandes investimentos e era vista como exemplo de gestão pública. Isso nos dá coragem de enfrentar novos desafios para voltar a administrar Mossoró.

A senhora considera grave a crise na saúde pública de Mossoró?
É gravíssima. Os relatos que nos tem chegado e as coisas que temos vistos são preocupantes. As Unidades Básicas estão sucateadas, desde a estrutura, passando por equipamentos, falta de medicamentos e de médicos. A UBS do Bom Jesus foi fechada porque a estrutura ameaçava desabar. Aquela cena das pessoas sendo atendidas debaixo de uma árvore é deprimente e revoltante. As Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs), que eram referência, estão com funcionamento comprometido, inclusive, com o prefeito determinando a redução do número de médicos plantonistas. Então, diante de tudo isso, nos despertar a vontade voltar para trabalhar por nossa cidade.

A possível candidatura da senhora à Prefeitura tem o respaldo do seu partido, o PMDB, uma vez que a bancada de vereadores apoia o prefeito Silveira Júnior?
Respeitamos a posição dos nossos vereadores, mas acredito que o nosso partido tem um projeto para 2016, não apenas em Mossoró, mas em todo o Estado, e que esse projeto será acompanhado por todos.  O presidente Henrique Alves disse, em várias reuniões, inclusive, com os nossos vereadores, que o PMDB disputará o maior número possível de prefeituras do Rio Grande do Norte. Mossoró por sua importância, como segundo maior colégio eleitoral do Estado, o PMDB tem interesse muito grande em ter candidatura própria. Não quero dizer que esse candidato seja a minha pessoa, ou que há definição nesse sentido, mas sim que o partido trabalhará para ter nome próprio. Pode ser Fafá ou qualquer outro nome.

Como o partido, e a sua senhora é a presidente local, está trabalhando para construir uma candidatura própria à Prefeitura?
Primeiro, iniciamos o trabalho de reestruturação do partido em Mossoró. Estamos instalando a sede própria, que funcionará no bairro Boa Vista, reduto do aluizismo. Seria inaugurada neste domingo, mas o nosso presidente Henrique teve que ficar em Brasília para acompanhar o tratamento de saúde do nosso senador Garibaldi Filho. O PMDB também está renovando a comissão provisória da qual sou presidente. A partir daí, vamos receber novos filiados e futuros candidatos à Câmara Municipal. Por consequência, iniciaremos o processo sucessório, conversando com outros partidos, como forma de construir uma chapa forte para disputar a Prefeitura. Vamos nos juntar a todos aqueles que querem o bem de Mossoró.

A senhora fez agora pouco duras críticas a atual gestão municipal, mas o prefeito Silveira se elegeu com o seu apoio. Qual o sentimento que a senhora tem em relação a esse apoio: arrependimento ou decepção?
De arrependimento não, porque achávamos que ele era capaz de administrar Mossoró. Um jovem, presidente da Câmara Municipal, que poderia fazer algo mais para a cidade. Portanto, temos o sentimento da decepção. Toda Mossoró deu um voto de confiança ao prefeito que aí está, como eu dei na condição de representante do povo. Só que ele está decepcionando. O que temos vendo e ouvindo são coisas que jamais imaginávamos que aconteceria na Prefeitura de Mossoró. Os desmandos estão aí para todo mundo vê. Caos na saúde, na educação, no transporte público, na coleta de lixo, em todos os setores. Dívidas com fornecedores, com as terceirizadas. A economia da cidade também sofre com a falta de gestão do prefeito. Veja essa polêmica dos transportes intermunicipais, que sofreram medidas restritivas e, por gravidade, diminuíram o fluxo de consumidores de outras cidades que aqui vinham para comprar no nosso comércio.

Esse diagnóstico, que a senhora faz, coloca o prefeito fora do embate eleitoral?
Não entrarei nesse mérito. A população mossoroense é que tem o dever de decidir. O que quero dizer aqui é que a cidade não está bem administrada. Volto a citar os problemas da saúde, área de grande relevância para as pessoas. Na nossa administração a saúde foi tratada com prioridade, por isso, a avaliação positiva que recebeu. O atendimento nas UPAs era de referência e a sua capacidade de receber a demanda beneficiava o Hospital Regional Tarcísio Maia. Veja só: se o funcionamento do setor secundário era bom, no caso as UPAs, o setor terceiro melhorava a assistência, no caso o Tarcísio Maia, porque o fluxo de pacientes era bem menor. Hoje ocorre o contrário. O Tarcísio Maia está sempre superlotado porque as UPAs estão com dificuldades de atendimento.  Essa avaliação o povo vai fazer no momento que for chamado para decidir o futuro de Mossoró. Caberá o eleitor fazer a escolha certa.

Na opinião da senhora, porque o prefeito Silveira não faz boa administração, ou não deu certo?
Falta capacidade administrativa. Infelizmente, ele não estava preparado para governar uma cidade do porte e da importância de Mossoró. O seu estilo de administrar é bem diferente do que a gestão pública precisa. Ele não teve capacidade de formar uma boa equipe técnica, que tivesse o conhecimento necessário para cuidas da gestão municipal. Para piorar, o prefeito não gosta de ouvir as pessoas, não procura saber o que as pessoas necessitam. Todo gestor, seja prefeito, governador ou presidente, tem que conhecer o sentimento da população, conhecer os anseios, para realizar as ações esperadas por todos. Essa falta de competência da gestão municipal reflete no caos em que se encontra a cidade de Mossoró.

Nesse projeto, cabe a ex-governadora Rosalba Ciarlini?
Temos um relacionamento muito bom com Rosalba. Temos nos encontrados em eventos e até já falamos sobre política. Isso foi no início do ano. Conversamos, a bem da verdade, de forma amistosa. Agora, Rosalba tem esses problemas jurídicos para resolver e eu, particularmente, acredito que ela resolverá. Rosalba não cometeu nenhum erro para pagar com a inelegibilidade, por isso, esperado  que ela possa reconquistar os seus direitos. Posso afirmar que o meu desejo e o de Rosalba é o mesmo, que Mossoró volte a crescer. Ela foi uma boa gestora e nós procuramos fazer o mesmo. Saímos da Prefeitura bem avaliadas, com mais de 80 por cento de aprovação popular. Eu sinto que as pessoas querem ver nós duas outra vez no mesmo palanque.

Isso significa que a dobradinha Rosalba/Fafá pode acontecer em 2016?
Pode sim. E isso independe de quem será candidata ou candidato. Podemos fazer parte do mesmo palanque em nome de Mossoró.


Fonte: Jornal de Fato